sexta-feira, 25 de junho de 2010

Coisas que mexem cá comigo e me fazem pensar

Algumas difíceis de compreender, como esta.
Gostei particularmente da questão colocada pela mãe... pegando exactamente e de forma, a meu ver, inteligente no argumento "empunhado" pela outra parte.

Outras que me fazem sorrir, como a foto que acompanha o artigo.

Também há as que me fazem abanar a cabeça, como alguns dos comentários feitos na página do jornal. Mostras de tacanhez já não me surpreendem - mas ainda me fazem mossa.

Mas há também as que me enchem de um certo luso-orgulho, em (alguns de) nós e no domínio que algumas pessoas têm da nossa língua-mãe, a ponto de, num tom politicamente muito correcto (ou não fosse este cavalheiro um dos nossos Embaixadores) deixar uma série de apontamentos entrelinhados para quem os souber ler. Uma Carta que dá gosto, pela escrita e pelo conteúdo.

Um abraço, Mathis, Magda e Sérgio.
E cumprimentos ao Embaixador, pela postura e pela carta.
:)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ideia genial a fingir

E se toda a malta tuga que tem quintas lá no LivroDasCaras começasse a plantar tomates como se não houvesse amanhã?

Será que chegavam para mais uma boa dose de ketchup imaginário?
É que não me importo que seja esquisito, de mochilinha, com o esquerdo, com o direito, com a cabeça, o calcanhar ou sequer com o traseiro!
Quero é que entrem - na baliza deles!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Não, não é para a Lídia

... mas não quis alterar as palavras de um Mestre!

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos).

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para o pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente.
E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento de mais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento –
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim – à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.


Ricardo Reis, 1914

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pequenices

Pequenos momentos.
Pequenos nadas.



Lyrics | Rob Thomas - Little Wonders lyrics


Gostava de ter mais, mas dos bons - momentos e quase-nadas.
E às vezes, de surpresa, pequenas maravilhas.
Coisas que me façam recordar, sorrir, aquecer por dentro.
E sim - neste momento tenho um pequenino sorriso, secreto, ao evocar algumas em particular.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Amizades

Amigos. Há-os de muitos tipos.
Os mais-conhecidos-que-amigos, que são amigos de amigos;
os "amigos" do Facebook, alguns de quem não conhecemos sequer a cara (nem eles a nossa) mas mesmo assim podem ser uns belos compinchas de jogos;
os amigos de infância/adolescência de quem perdemos um bocado (ou completamente) o contacto quando crescemos;
os amigos-mesmo-amigos de infância ou adolescência que reencontramos de vez em quando e é como se nos tivéssemos visto na véspera (tirando a quantidade de novidades a contar de parte a parte);
os amigos que poderiam-ter-sido-mais-qualquer-coisa-mas-não-foram, fosse qual fosse o motivo;
os amigos próximos, mesmo próximos, que tanto podemos conhecer há vinte anos como há vinte dias.

Temos tanta maneira de "classificar" os amigos... às vezes dentro do mesmo grupo há-os muito diferentes uns dos outros, como os que são bons a desenrascar-nos com algum problema prático e os que não têm jeito nenhum para isso mas são óptimos para nos levantar o astral num dia de neura; aqueles a quem telefonamos para pedir uma opinião sobre um portátil novo ou os que arrastamos atrás para ir comprar livros; os que convidamos para ir a um museu ou os que nos convidam para ir à praia; os que nos dão uma palmadinha nas costas quando algo correu mal e os que choram connosco.

Tudo isto porque deparei com uma frase que me fez sorrir - sim, sobre os amigos. Sobre a distinção entre um bom amigo e um verdadeiro amigo.

"Um bom amigo é aquele que paga a tua fiança se fores preso; um verdadeiro amigo é o que está na prisão sentado ao teu lado dizendo: Hehe, desta vez fizemo-la bonita..."

Acho que me posso considerar uma pessoa emocionalmente rica: tenho amigos de todos os tipos. Muitos.
Isso sabe muito bem... e faz-me sorrir, como hoje.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dúvida que não tira o sono

mas tem todo o potencial para isso.

As pessoas mudam?
O animal humano é capaz de mudar, realmente?
Ou é apenas capaz de mudar algumas das suas atitudes em função do que deseja obter?



E quando muda... seja o core seja apenas a atitude; consegue-se que dure "para sempre"?