quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Time

Another year is coming to an end.
I don't know what happened in the last few months... time seems to have gone around me without me realizing it. It just... flew.
My son is now taller than me (I'm average height but it seems he'll take after his Tai). His shoes look like small dinghies and might progress to yachts.

[Sigh]

Another year is coming to an end and I did not do many of the things I thought about doing.
You know how it is, "life is what happens while you're making other plans" and life kept happening and happening and happening and plans went down the drain.

[Sigh]

Another year is coming to an end and I still haven't got much to show for.
All I can say is that I'm living, learning, teaching, growing and nurturing.
Being a woman, being a mom, being a professional.
Being human.

Kids are grown up - or about to. I find myself talking to my son about serious questions: organ donation, sexism, domestic violence and abuse, alcohol, teen pregnancy, career choices.
I hear what he has to say and try not to impose my POV but rather make him think thoroughly about what we're discussing. Sometimes we go back to a conversation after a few days, after he had a while to let it sink in, and we discuss it again. We grow together (he grows up & I grow old).
My daughter is a bright young woman (already?!) who knows what she wants even if sometimes she needs help on figuring how to get there. She is thoughtful, considerate, warm, funny and a fierce defender of her loved ones and every thing she deems right and worthy.

Yep, I love my kids. A lot.

[Smile]

If my life is to be measured someday and I have nothing to show for but my children... well, I take pride in saying they are decent human beings on the process of becoming better ones. And that's a lot more than many people can say for themselves.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Madrugadas

Uma. Muitas.
São cinzentas e doem.

Quando o sentir nos enche e transborda
abrimos a porta à dádiva
oferta, partilha
mas abrimos também a porta à dor
ao abandono
ferida profunda

A madrugada dói, cinzenta.

A manhã passa em turbilhão,
cheia de afazeres da vida lá fora
das milhentas coisas que nos rodeiam
e de que não podemos, não devemos nos alhear
quando somos elo e não ilha.

O dia desliza até ao anoitecer
e enche-se o espaço de risos e imagens
palavras partilhadas aqui e ali
para manter afastado o silêncio ensurdecedor
deixado na esteira de quem não volta.

Vem o escuro, a pausa.
A luz que acendo todas as noites,
farol teimosamente erguido na mão do espírito
para alumiar um regresso que não acontece,
apaga-se no nevoeiro denso.
Alquebrada, a alma recolhe-se
enroscada no seu próprio regaço
sem mão carinhosa que a sossegue
sem outros sons que não o do próprio coração
e do respirar entrecortado de soluço.

Noite após noite adormece
de braços vazios
na madrugada cinzenta que dói.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Note

[Suddenly, out of the blue...]

.......................
«preciso falar-te ao ouvido. Que estarei onde sempre estive, entre o rio e o vento, uma pedra e uma raiz, entre o sono e o sonho, a sombra e a lua. Dizer-te que preciso do teu amor feito de palavras. De cravar os meus dedos na tua memória e escrever os nossos silêncios com a minha língua na tua pele. E que são os teus braços que se fecham em torno de mim, num abraço, que fazem a minha casa.

F para R»

.......................
bilhete encontrado por Jorge Petroff numa fenda na base da terceira coluna do Templo de Diana, voltada para a Pousada dos Lóios.
.......................

(Jorge Phyttas Raposo, in Ventos Brancos)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Às vezes

Once upon a long ago, I believed. I actually thought we would be together, that our souls would become irrevocably entwined along with our bodies, since our minds already appeared to be in that state.
And I sang the body electric, back then.

But time has elapsed, faded, like sand falling between our fingers.
I miss that time, once upon a long ago,
when I would smile at the mere thought of you
and my heart would sing this song



Sometimes
when I look deep in your eyes
I swear I can see your soul.


I miss that.
I miss you.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Shard

Normalmente, este blog é o meu espaço de desabafos, partilha de escritos e de sons.
Espaços diferentes para coisas diferentes: não é meu hábito apresentar aqui as minhas experiências em desenho ou fotografia, já que para isso existe o deviantart.

Hoje decidi fazer uma opção diferente:
Participei de um passatempo/concurso de um projecto de design para merchandising dos Linkin Park, baseado na canção Castle of Glass. Uma componente do concurso é a votação online; como ficando caladinho não se chega a lado nenhum (complemento do ditado "Quem tem boca vai a Roma") decidi publicitar aqui a minha participação, esperando que a boa vontade de quem calhar vir visitar o blog os leve a visitar igualmente a página do projecto.



Visitem... e, se gostarem, deixem o vosso voto clicando no botãozito do lado direito (Facebook ou Twitter).

Deixo aqui o video da canção que serve de base ao concurso. Se estiverem com atenção, conseguirão identificar a imagem de onde surgiu a inspiração para o projecto ;)



Obrigada!

sábado, 4 de maio de 2013

Beloved




It's so quiet I can hear
My thoughts touching every second
That I spent waiting for you
Circumstances affords me
No second chance to tell you
How much I've missed you

My beloved do you know
When the warm wind comes again
Another year will start to pass
And please don't ask me why I'm here
Something deeper brought me
Than a need to remember

We were once young and blessed with wings
No heights could keep us from their reach
No sacred place we did not soar
Still, greater things burned within us
I don't regret the choices that I've made
I know you feel the same

My beloved do you know
How many times I stared at clouds
Thinking that I saw you there
These are feelings that do not pass so easily
I can't forget what we claimed as ours

Morningstar

I saw a star beneath the stairs glowing through the melting walls.
Who will be the first to begin their fall?
Or will we become one?

Am I the star beneath the stairs?
Am I a ghost upon the stage?
Am I your anything?





(I miss you, my morningstar)

Standing

It wasn't you, it wasn't me, it wasn't anything
It was a day so long awaited and a chance to be as me
I let the wind run through my hands
Before I turned to walk away
In distant days, I long to sense it, all so clear

And fighting time, so hard I pray
That this moment lasts forever
And will the world stay standing still, at least for me
Through my eyes stare into me I bear my heart for all to see
With my face turned to the sun, there ever standing still


 

terça-feira, 30 de abril de 2013

13

Treze anos de dúvidas, de presença, de preocupação, de alegria, de tentativas e erros, certezas e sucessos.

Treze anos de AMOR incondicional.

Parabéns, filhote.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Turning point

Às vezes basta um momento para nos vermos num ponto.chave.
Outras, é um acumular de momentos, de pequenos instantes que, isolados, pareciam sem valor - até revelar uma imagem, um padrão.

De uma forma ou de outra, há alturas em que não se pode continuar a procrastinar, esperando que as coisas se resolvam. É preciso tomar uma decisão.
E ter a força para a levar adiante.

domingo, 14 de abril de 2013

Palavras de outros

Repito o teu nome todas as noites
Quando me deito e finjo que te abraço
Nesta cama, nesta noite,
Sob um céu de estrelas e luar.
Beijo-te, levemente, em silêncio
Como se estivesses entre os meus braços.
O mesmo silêncio que contém
A tua ausência e as minhas palavras.
Essa ausência que chegou antes do tempo,
Antes de eu ter existido
Na primavera do teu olhar.
Antes de ter dado lugar ao teu corpo no meu.
Aos teus braços no meu corpo.
Acordo de madrugada
E sinto que o tempo não vai chegar
Para te dizer todas as palavras que não disse.
O tempo não vai chegar
Para te dizer, que tu, longe de mim,
És uma espécie de dor.
Tudo se perdeu nos meus braços,
Quando fingindo, te abraçavam.

*

Paulo Eduardo Campos, in Na Serenidade dos Rios que Enlouquecem

Partilhar

Gosto de ensinar os outros.
Não digo isto no sentido pejorativo de "dar uma lição" para me mostrar superior de alguma forma - gosto de partilhar conhecimento, de sentir que estou a dotar outra(s) pessoa(s) de ferramentas com que podem fazer mais e/ou melhor. E fico contente quando sinto que do outro lado há interesse em aprender o que eu sei e pô-lo a uso. Dou-me ao "trabalho" de preparar material, mini-manuais ou anotações e dar acesso ao material que eu própria consulto.

Agora, do que eu não gosto mesmo é de algumas atitudes:
- a de "não me estás a ensinar nada que eu já não saiba" quando é claro que não sabem mesmo
- a de não se darem ao trabalho de prestar atenção e depois dizerem que não perceberam nada
- a de aprenderem com interesse, até avidez e a seguir virarem-se para terceiros e dizerem que aprenderam sozinhos a consultar a net

Em qualquer dos casos, deixam de poder contar comigo. Não porque eu lhes queira mal - mas se não estão na disposição de aceitar a partilha ou reconhecer que a receberam de outra pessoa (no caso, eu) então eu também não estou na disposição de perder o meu tempo com essa gente. Já que são tão absurdamente inteligentes que não precisam que eu explique, vão aprender sozinhos para o raio que os parta.

E, se eu estiver realmente aborrecida com as atitudes (especialmente no primeiro e terceiro caso), espero pela oportunidade de os ver "cair em chamas". Não que me dê prazer ver os outros a ser humilhados... mas se estiverem "a arder" e eu for a única pessoa por perto com um copo ou um balde de água, bem podem ter a certeza de que a vou beber toda.